No café do WTC me atrevo a escrever sobre o evento de Infra que acabei
de participar sobre o impacto que o avanço de novas tecnologias e a pressão
pela redução de custos trarão para equipes de TI ,onde a Gartner divulgou, suas previsões e sugestões
sobre quais devem ser as tendências de mercado para os próximos anos no setor
de infraestrutura de TI, operações e data centers.
Titio aqui já tem quase 25 anos de TI nas costas e sabe que um dos
principais desafios é lidar com esse crescimento que época ocorre mais forte,
época mais fraco, principalmente nessa área de infraestrutura e operações de
data center que é sempre muito crítica e precisa estar sempre preparada para
atender as demandas da área de negócio.
Entre as principais tendências que me chamou a atenção está o avanço das
infraestruturas determinadas por software, principalmente no setor de redes
(Software Defined Networks, em inglês). No melhor estilo mãe Diná corporativa, o
Gartner aponta que essas soluções devem começar a ganhar mais espaço no
mercado, na medida que as necessidades de escalabilidade e administração mais
rápida de infraestrutura cresçam.
Data centers são ambientes complexos, formados por vários equipamentos e
vários elementos com diferentes ciclos de vida e pessoalmente vejo que estão se modificando para ficarem cada vez
mais eficientes para cuidar dos recursos que estão disponíveis. No momento que
você tem soluções mais modulares, virtualizadas, você consegue atualizar esses
elementos de maneira gradativa.
Acredito que o mercado deve passar por um avanço significativo de arquitetura,
com transformações que devem impactar mais as infraestruturas antigas. O
consumo de energia de novas estruturas de alta densidade, por exemplo, deve
tornar custos de instalações antigas insustentáveis. E essa já é uma das
principais preocupações dos gestores de TI no país segundo uma revista “Veja”
antiga, meio amassada e faltando paginas, que tem no consultório do pediatra
que trata do meu filho. Pela cara e pelo terno das pessoas no evento continua a
ser uma realidade hoje.
A empresa ainda prevê que haverá uma mudança intensa nos próximos anos
no mercado de sistemas operacionais para data centers. O sistema UNIX deverá
perder cada vez mais usuários para o Linux, com um crescimento do ambiente Windows
e uma oscilação de mercado do IBM Z O/S. As mudanças deverão causar
rupturas de design de aplicações e serviços e a consultoria sugere que as
empresas já comecem a fazer planos de migração de UNIX a partir deste ano. Opinião
do Gardner, não joguem ovo no meu carro amanhã!
Para lidar com essas mudanças, o Gardner sugere que organizações façam planos
contínuos de transformação ao invés de um grande projeto individual. Projetos
complexos tendem a ocupar muito tempo em discussões organizacionais e de
políticas e tendem a trazer um benefício real menor - Ok, nessa hora bateu o
desespero, quis sair da sala mas continuei firme na cadeira - A sugestão deles é
que a otimização contínua seja feita por grupos separados de infraestrutura e
operações, que serão capazes de planejar melhor as mudanças. Ao mesmo tempo, é
preciso realizar uma revisão de processos operacionais que visa aperfeiçoar a
entrega de serviços de TI e centros críticos. A consultoria sugere que gestores
procurem documentar e revisar constantemente os seus níveis de serviço para
usuários em áreas como configurações, mudanças, problemas e gestão de ativos
para tornar a operação mais ágil e melhorar processos vitais.
Pra fechar a conversa, mais dados sobre o que o Garner faz de melhor: Pesquisas.
De acordo com dados recentes mostrados em um PPT que poderia facilmente
ser o fundo de um show do Pink Floyd, as
vendas mundiais de servidores aumentaram em 2,1% em 2013. Ainda assim, o
mercado observou uma queda de faturamento de 4,5%. Segundo o levantamento, o
setor foi puxado principalmente pelo crescimento de implantações de TI para
suporte Web, enquanto infraestrutura para empresas permaneceu
"limitada".
Para esse ano de 2014 a consultoria acredita em um crescimento modesto,
conforme o mercado empresarial move para o uso da virtualização. Mas ainda
assim, mudanças constantes como a Internet das Coisas (IoE) e o
aumento de escala de operações, levando à chamada Web-Scale IT, que deverá
estar presente em 50% das corporações até 2017, devem motivar transformações
nos ambientes de infraestruturas de companhias. Para a empresa, essas
companhias devem rever seus processos para evitar problemas de provisionamento,
escalabilidade e operação.
De volta a realidade, pago 100% do meu café e volto a ouvir meus 50% de bons
e velhos rocks, 20,35% de blues, 37,86%
de jazz, suspirando com a certeza que certos “clássicos” não mudam seus
hábitos.
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