segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Os comandos mais malucos do AIX !


Você provavelmente sabe que no AIX, o comando cat não tem nada a ver com felinos, e que se você digitar cd, você não vai escutar as musicas de um cd. Mas você já pensou em como muitos outros comandos AIX têm títulos completamente enganosos?  Eu  compilei uma lista de alguns comandos que informam absolutamente  nada sobre o que eles fazem e podem até ser engraçados se traduzidos ao pé da letras.

Vamos começar com o comando comm. Não, isso não é sobre comunicação.  Esse comando seleciona  rejeita linhas que são comuns entre os dois arquivos ordenados. Isto está em contraste com o comando diff, que mostra as diferenças.

O comando command executa um comando em uma  função shell. (Se você não entendeu, reveja seu curso de AIX System Administrator.)

Se o comando date define a data do sistema, o que você acha que o comando time faz? Ao contrário do que você provavelmente possa pensar, ele não define a hora do sistema (o comando date faz isso). Mas o comando time tem algo a ver com o seu nome: Diz  quanto  tempo passou enquanto você está esperando pelo fim de um comando.

O comando f mostra informações sobre os usuários que estão logados. Ele tem a mesma função que o comando, também obscuramente chamado finger. Seguindo em frente com o alfabeto temos outro comando que é apenas um único caracter: o comando w, que imprime um resumo da atividade do sistema.

Mas, de volta ao comando f. Este comando não deve ser confundido com o comando ff. O comando ff não é sobre os avanços de fita cassete, Firefox, ou o apelido de algum bichano. Não, o comando do  AIX ff lista o nome do arquivo e as estatísticas do sistema de arquivos.

Enquanto estamos no assunto de comandos que iniciam com a letra "f" (para não ser confundido com o comando f), quem teria pensado que fuser não  tem nada a ver com aquela  parte de uma impressora laser que derrete o toner? Não, o comando fuser, informa quais processos e usuários estão segurando um arquivo aberto. E é um dos mais úteis que conheço.

Vamos pular o alfabeto para os comandos que começam com a letra "l". Até agora você pode não ter se surpreendido ao saber que o comando leave  não desativa ou faz algum tipo de logoff no sistema: É simplesmente um lembrete que você define  para avisar quando você realmente tem que sair. Quem precisa de um aplicativo para dizer a hora de fazer logoff?  Só nós mesmos de UNIX que esquece da vida quando abre um ssh.

Chegamos ao comando man.  Quando você começou a estudar UNIX aposto que pensou na tradução literal. Você pode usar o comando man para obter a documentação de comandos. Ela leva o seu nome a partir da palavra manual, que vem do latim “com a mão” .

No AIX, há um comando yes. De acordo com a página do manual, ele  "gera uma resposta afirmativa repetidamente." É uma espécie de mentor que nunca vai corrigi-lo, eu acho. Agora tem um palpite sobre o que o comando  no faz ? . É isso mesmo: Ele gerencia parâmetros de ajustes da rede.  Tudo a ver !!!


Você sabia que há um comando runcat? É um bom companheiro para seu gato se você passa muito tempo fora de casa . Fora isso tem pérolas como nice (algo como a nossa gíria “ beleza” em inglês), e por ai vai...

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Tendencias de Infraestrutura de TI, Datacenters e o papel do UNIX nisso tudo!

No café do WTC me atrevo a escrever sobre o evento de Infra que acabei de participar sobre o impacto que o avanço de novas tecnologias e a pressão pela redução de custos trarão para equipes de TI ,onde  a Gartner divulgou, suas previsões e sugestões sobre quais devem ser as tendências de mercado para os próximos anos no setor de infraestrutura de TI, operações e data centers.

Titio aqui já tem quase 25 anos de TI nas costas e sabe que um dos principais desafios é lidar com esse crescimento que época ocorre mais forte, época mais fraco, principalmente nessa área de infraestrutura e operações de data center que é sempre muito crítica e precisa estar sempre preparada para atender as demandas da área de negócio.

Entre as principais tendências que me chamou a atenção está o avanço das infraestruturas determinadas por software, principalmente no setor de redes (Software Defined Networks, em inglês). No melhor estilo mãe Diná corporativa, o Gartner aponta que essas soluções devem começar a ganhar mais espaço no mercado, na medida que as necessidades de escalabilidade e administração mais rápida de infraestrutura cresçam.

Data centers são ambientes complexos, formados por vários equipamentos e vários elementos com diferentes ciclos de vida e pessoalmente vejo que  estão se modificando para ficarem cada vez mais eficientes para cuidar dos recursos que estão disponíveis. No momento que você tem soluções mais modulares, virtualizadas, você consegue atualizar esses elementos de maneira gradativa.

Acredito que o mercado deve passar por um avanço significativo de arquitetura, com transformações que devem impactar mais as infraestruturas antigas. O consumo de energia de novas estruturas de alta densidade, por exemplo, deve tornar custos de instalações antigas insustentáveis. E essa já é uma das principais preocupações dos gestores de TI no país segundo uma revista “Veja” antiga, meio amassada e faltando paginas, que tem no consultório do pediatra que trata do meu filho. Pela cara e pelo terno das pessoas no evento continua a ser uma realidade hoje.

A empresa ainda prevê que haverá uma mudança intensa nos próximos anos no mercado de sistemas operacionais para data centers. O sistema UNIX deverá perder cada vez mais usuários para o Linux, com um crescimento do ambiente Windows e uma oscilação de mercado do IBM Z O/S. As mudanças deverão causar rupturas de design de aplicações e serviços e a consultoria sugere que as empresas já comecem a fazer planos de migração de UNIX a partir deste ano. Opinião do Gardner, não joguem ovo no meu carro amanhã!

Para lidar com essas mudanças, o Gardner sugere que organizações façam planos contínuos de transformação ao invés de um grande projeto individual. Projetos complexos tendem a ocupar muito tempo em discussões organizacionais e de políticas e tendem a trazer um benefício real menor - Ok, nessa hora bateu o desespero, quis sair da sala mas continuei firme na cadeira - A sugestão deles é que a otimização contínua seja feita por grupos separados de infraestrutura e operações, que serão capazes de planejar melhor as mudanças. Ao mesmo tempo, é preciso realizar uma revisão de processos operacionais que visa aperfeiçoar a entrega de serviços de TI e centros críticos. A consultoria sugere que gestores procurem documentar e revisar constantemente os seus níveis de serviço para usuários em áreas como configurações, mudanças, problemas e gestão de ativos para tornar a operação mais ágil e melhorar processos vitais.

Pra fechar a conversa, mais dados sobre o que o Garner faz de melhor: Pesquisas.

De acordo com dados recentes mostrados em um PPT que poderia facilmente ser o fundo de um show do Pink Floyd,  as vendas mundiais de servidores aumentaram em 2,1% em 2013. Ainda assim, o mercado observou uma queda de faturamento de 4,5%. Segundo o levantamento, o setor foi puxado principalmente pelo crescimento de implantações de TI para suporte Web, enquanto infraestrutura para empresas permaneceu "limitada". 
Para esse ano de 2014 a consultoria acredita em um crescimento modesto, conforme o mercado empresarial move para o uso da virtualização. Mas ainda assim, mudanças constantes como a Internet das Coisas (IoE) e o aumento de escala de operações, levando à chamada Web-Scale IT, que deverá estar presente em 50% das corporações até 2017, devem motivar transformações nos ambientes de infraestruturas de companhias. Para a empresa, essas companhias devem rever seus processos para evitar problemas de provisionamento, escalabilidade e operação.


De volta a realidade, pago 100% do meu café e volto a ouvir meus 50% de bons e velhos rocks, 20,35% de  blues, 37,86% de jazz, suspirando com a certeza que certos “clássicos” não mudam seus hábitos.