segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Os comandos mais malucos do AIX !


Você provavelmente sabe que no AIX, o comando cat não tem nada a ver com felinos, e que se você digitar cd, você não vai escutar as musicas de um cd. Mas você já pensou em como muitos outros comandos AIX têm títulos completamente enganosos?  Eu  compilei uma lista de alguns comandos que informam absolutamente  nada sobre o que eles fazem e podem até ser engraçados se traduzidos ao pé da letras.

Vamos começar com o comando comm. Não, isso não é sobre comunicação.  Esse comando seleciona  rejeita linhas que são comuns entre os dois arquivos ordenados. Isto está em contraste com o comando diff, que mostra as diferenças.

O comando command executa um comando em uma  função shell. (Se você não entendeu, reveja seu curso de AIX System Administrator.)

Se o comando date define a data do sistema, o que você acha que o comando time faz? Ao contrário do que você provavelmente possa pensar, ele não define a hora do sistema (o comando date faz isso). Mas o comando time tem algo a ver com o seu nome: Diz  quanto  tempo passou enquanto você está esperando pelo fim de um comando.

O comando f mostra informações sobre os usuários que estão logados. Ele tem a mesma função que o comando, também obscuramente chamado finger. Seguindo em frente com o alfabeto temos outro comando que é apenas um único caracter: o comando w, que imprime um resumo da atividade do sistema.

Mas, de volta ao comando f. Este comando não deve ser confundido com o comando ff. O comando ff não é sobre os avanços de fita cassete, Firefox, ou o apelido de algum bichano. Não, o comando do  AIX ff lista o nome do arquivo e as estatísticas do sistema de arquivos.

Enquanto estamos no assunto de comandos que iniciam com a letra "f" (para não ser confundido com o comando f), quem teria pensado que fuser não  tem nada a ver com aquela  parte de uma impressora laser que derrete o toner? Não, o comando fuser, informa quais processos e usuários estão segurando um arquivo aberto. E é um dos mais úteis que conheço.

Vamos pular o alfabeto para os comandos que começam com a letra "l". Até agora você pode não ter se surpreendido ao saber que o comando leave  não desativa ou faz algum tipo de logoff no sistema: É simplesmente um lembrete que você define  para avisar quando você realmente tem que sair. Quem precisa de um aplicativo para dizer a hora de fazer logoff?  Só nós mesmos de UNIX que esquece da vida quando abre um ssh.

Chegamos ao comando man.  Quando você começou a estudar UNIX aposto que pensou na tradução literal. Você pode usar o comando man para obter a documentação de comandos. Ela leva o seu nome a partir da palavra manual, que vem do latim “com a mão” .

No AIX, há um comando yes. De acordo com a página do manual, ele  "gera uma resposta afirmativa repetidamente." É uma espécie de mentor que nunca vai corrigi-lo, eu acho. Agora tem um palpite sobre o que o comando  no faz ? . É isso mesmo: Ele gerencia parâmetros de ajustes da rede.  Tudo a ver !!!


Você sabia que há um comando runcat? É um bom companheiro para seu gato se você passa muito tempo fora de casa . Fora isso tem pérolas como nice (algo como a nossa gíria “ beleza” em inglês), e por ai vai...

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Tendencias de Infraestrutura de TI, Datacenters e o papel do UNIX nisso tudo!

No café do WTC me atrevo a escrever sobre o evento de Infra que acabei de participar sobre o impacto que o avanço de novas tecnologias e a pressão pela redução de custos trarão para equipes de TI ,onde  a Gartner divulgou, suas previsões e sugestões sobre quais devem ser as tendências de mercado para os próximos anos no setor de infraestrutura de TI, operações e data centers.

Titio aqui já tem quase 25 anos de TI nas costas e sabe que um dos principais desafios é lidar com esse crescimento que época ocorre mais forte, época mais fraco, principalmente nessa área de infraestrutura e operações de data center que é sempre muito crítica e precisa estar sempre preparada para atender as demandas da área de negócio.

Entre as principais tendências que me chamou a atenção está o avanço das infraestruturas determinadas por software, principalmente no setor de redes (Software Defined Networks, em inglês). No melhor estilo mãe Diná corporativa, o Gartner aponta que essas soluções devem começar a ganhar mais espaço no mercado, na medida que as necessidades de escalabilidade e administração mais rápida de infraestrutura cresçam.

Data centers são ambientes complexos, formados por vários equipamentos e vários elementos com diferentes ciclos de vida e pessoalmente vejo que  estão se modificando para ficarem cada vez mais eficientes para cuidar dos recursos que estão disponíveis. No momento que você tem soluções mais modulares, virtualizadas, você consegue atualizar esses elementos de maneira gradativa.

Acredito que o mercado deve passar por um avanço significativo de arquitetura, com transformações que devem impactar mais as infraestruturas antigas. O consumo de energia de novas estruturas de alta densidade, por exemplo, deve tornar custos de instalações antigas insustentáveis. E essa já é uma das principais preocupações dos gestores de TI no país segundo uma revista “Veja” antiga, meio amassada e faltando paginas, que tem no consultório do pediatra que trata do meu filho. Pela cara e pelo terno das pessoas no evento continua a ser uma realidade hoje.

A empresa ainda prevê que haverá uma mudança intensa nos próximos anos no mercado de sistemas operacionais para data centers. O sistema UNIX deverá perder cada vez mais usuários para o Linux, com um crescimento do ambiente Windows e uma oscilação de mercado do IBM Z O/S. As mudanças deverão causar rupturas de design de aplicações e serviços e a consultoria sugere que as empresas já comecem a fazer planos de migração de UNIX a partir deste ano. Opinião do Gardner, não joguem ovo no meu carro amanhã!

Para lidar com essas mudanças, o Gardner sugere que organizações façam planos contínuos de transformação ao invés de um grande projeto individual. Projetos complexos tendem a ocupar muito tempo em discussões organizacionais e de políticas e tendem a trazer um benefício real menor - Ok, nessa hora bateu o desespero, quis sair da sala mas continuei firme na cadeira - A sugestão deles é que a otimização contínua seja feita por grupos separados de infraestrutura e operações, que serão capazes de planejar melhor as mudanças. Ao mesmo tempo, é preciso realizar uma revisão de processos operacionais que visa aperfeiçoar a entrega de serviços de TI e centros críticos. A consultoria sugere que gestores procurem documentar e revisar constantemente os seus níveis de serviço para usuários em áreas como configurações, mudanças, problemas e gestão de ativos para tornar a operação mais ágil e melhorar processos vitais.

Pra fechar a conversa, mais dados sobre o que o Garner faz de melhor: Pesquisas.

De acordo com dados recentes mostrados em um PPT que poderia facilmente ser o fundo de um show do Pink Floyd,  as vendas mundiais de servidores aumentaram em 2,1% em 2013. Ainda assim, o mercado observou uma queda de faturamento de 4,5%. Segundo o levantamento, o setor foi puxado principalmente pelo crescimento de implantações de TI para suporte Web, enquanto infraestrutura para empresas permaneceu "limitada". 
Para esse ano de 2014 a consultoria acredita em um crescimento modesto, conforme o mercado empresarial move para o uso da virtualização. Mas ainda assim, mudanças constantes como a Internet das Coisas (IoE) e o aumento de escala de operações, levando à chamada Web-Scale IT, que deverá estar presente em 50% das corporações até 2017, devem motivar transformações nos ambientes de infraestruturas de companhias. Para a empresa, essas companhias devem rever seus processos para evitar problemas de provisionamento, escalabilidade e operação.


De volta a realidade, pago 100% do meu café e volto a ouvir meus 50% de bons e velhos rocks, 20,35% de  blues, 37,86% de jazz, suspirando com a certeza que certos “clássicos” não mudam seus hábitos.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Curso de C: Aula 7 - Funções

Como o nome diz, intuitivamente, são "coisas" que desenvolvem tarefas, saõ como caixas pretas, onde você passa algum tipo de dado, e espera receber algum tipo de saída. Explicando tecnicamente, são módulos ou blocos de código que executam uma determinada tarefa.

As funções existem, por dois motivos básicos: depuração de erros, quando se quebra um problema em pedaços menores, fica mais fácil detectar onde pode existir um problema. Outro motivo é a reutilização. É visível que grande parte dos códigos que existem em um programa são repetidos, só se diferenciando as variáveis que são passadas a eles.

Podemos dar nomes as funções assim como em variáveis, lembre-se da aula passada. Letras de A até Z, sem preocupação de case (maiúscula/minúscula), de 0 a 9 e com underscore (aquele menos achatado, "_"). Precisa começar por um caracter ou underscore. É sensitivo a case, ou seja, funções com o mesmo nome, mas letras diferentes (em case) não são consideradas iguais. Podemos exemplificar: esta_e_uma_funcao e Esta_e_uma_funcao, o "E" ("e") é diferente!

A cara de uma função em C é assim:

tipo nome(tipo1 var1, tipo2 var2, ...)
{
código1;
.
.
.
códigoN;
}



void diminuir(int parcela1, int parcela2)
{
int total;
total = parcela1 - parcela2;
printf ("A subtracao vale: %d",total);
}

Ignore a palavra void por enquanto, acredite que ela quer dizer nada pelo momento. Quando a chamo, diminuir(5,3);, eu recebo a mensagem da subtração de 5 por 3, e retorno ao meu programa.

Note que as chaves ({ e }) delimitam o que é da função (bloco) e o que não é.

A função main()

A função main() é a função principal de um programa. Ou seja, todo programa tem que ter a função main(), caso contrário o compilador reclama e não gera o executável.

Um programa começa executando a função main(). E um programa termina, quando esta função termina. Porém, dentro da função main() você pode chamar (executar) outras funções. Falaremos mais sobre o main() adiante.

Podemos chamar (executar) as funções do ponto que desejamos, desde que ela já tenha sido declarada. Ela desvia o fluxo do programa, por exemplo:

main()
{
int a=10,b=3;
ação1;
ação2;
diminuir(a,b);
ação3;
}

Nota: neste exemplo ação 1, 2 e 3, podem ser qualquer comando (Até mesmo outra função).

O programa desviará o fluxo, após a "ação2", quando ele chamar a função diminuir. isto suspenderá temporariamente a execução do programa para poder executar a função diminuir, até que a mesma termine (retorne).

Existem basicamente, dois tipos de funções. Aquelas que retornam alguma coisa a quem a chamou e aquela que não retorna nada.

Começando pelas que não retornam, elas simplesmente realizam tarefas, como o exemplo anterior. Ela faz uma série de passos, e retorna o fluxo ao programa principal, sem interferir em nada em sua execução, a não ser pelo tempo perdido e saída na tela.

Outra opção são funções que retornam um valor de um tipo. Lembre-se, como declaramos uma função? tipoX nome(tipo1 var1,tipo2 var2); e assim vai. Ou seja, o tipoX eqüivale ao que a função vai retornar. Vamos entender:

int diminuir(int parcela1, int parcela2)
{
int total;
total = parcela1 - parcela2;
return total;
}

main()
{
int a=10,b=3,total;
ação1;
ação2;
total = diminuir(a,b);
printf ("A subtracao vale: %d",total);
ação3;
}

O efeito é exatamente o mesmo, só que agora o programa principal é que estará jogando a mensagem na tela e a variável do programa, chamada total, que terá o valor da subtração (resultado, tipo int, retornado de diminuir(a,b)). Aos poucos vamos juntando as peças.

O que determinou a saída da função, no caso, foi a chamada ao comando return, que interrompe o fluxo do bloco que está sendo executado (saindo deste bloco) e volta aquele imediatamente anterior. Não é necessário chegar até a última linha da função, o return pode estar na 1a, 2a, onde quer que seja.

O que é o main?

main() também é uma função, é a função que é obrigada a existir em todos os programas. Como já disse, tal função é procurada e a primeira a ser executada em todo programa.

Ela pode retornar um valor de tipo int. Ou seja, retorna um número, em geral para o sistema operacional, com o código de sucesso ou indicando qual o erro (número do erro) ocorreu durante a execução do programa.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Curso de C: Aula 6 - Variaveis

Me desculpem a demora na postagem e obrigado pelo e-mails de vocês, continuem mandando. Quanto ao conteúdo, falaremos de variáveis! Ou seja, uma assunto interessante. Essa aula juntará com a próxima, será uma seqüência importante e conceitos indispensáveis para programação em qualquer linguagem. Vamos lá ..

O que são variáveis?

São espaços reservados que guardam valores durante a execução de um programa. Como o nome diz, elas tem a capacidade de "variar" no tempo. Em geral, são exatamente um pedaço de memória (o tamanho depende do que se esteja guardando) no qual botamos alguma informação e podemos nos referir a ela, utilizá-la, alterá-la ou fazermos o que bem entendermos durante a execução de um programa.

Toda variável tem um nome pela qual é chamada (identificada) e um tipo (o que ela guardará). Os nomes podem ser de uma letra até palavras. Obrigatoriamente deve começar por uma letra ou underscore (o sinal de menos achatado: "_"). O restante pode ser letras de A até Z, maiúsculas, minúsculas, números e o underscore. Exemplos: e, variável _essa_e_uma_variavel, tambem_variavel. Vale ressaltar que ela é sensível a case, o que significa que diferencia maiúsculas e minúsculas.

As variáveis possuem tipos, como dito anteriormente. Os tipos dizem ao compilador que tipo de dado será armazenado. Isso é feito com o intuito do compilador obter as informações necessárias sobre quanto de memória ele terá que reservar para uma determinada variável. Também ajuda o compilador com uma lista de variáveis em um lugar reservado de memória, para que ele possa fazer referências, checar nomes e tipos e que possa determinar erros. Basicamente possibilita uma estrutura bem definida do que é usado e uma arrumação conveniente na memória.

Tipos de dados em C

Existem vários tipos de dados em C. Todos eles são palavras reservadas. O C é bem flexível e possibilita a criação de tipos (iremos ver isso em outra oportunidade). Agora vamos aos tipos mais usuais, já dá para o começo.

char: Caracter unitário (só 1 mesmo)
short int: inteiro "pequeno"
int: um inteiro (em geral 32 bits)
float: número real
double: número real grande
Existem também os tipos void, enum, volatile que citaremos futuramente. Não podemos esquecer dos ponteiros, que falaremos também em futuros capítulos.

Outro detalhe, existe a possibilidade de se colocar a palavra unsigned, que significa não sinalizado, antes de um tipo. Isso quer dizer que um inteiro, por exemplo, que varia entre -32.768 até 32767 (isso calcula-se através do tamanho máximo que ele pode ocupar em memória) variaria só de 0 em diante. Ou seja, o espaço do menos seria utilizado para mais um número, ficaríamos com 0 até 65535, gastando o mesmo espaço de memória só que de forma diferente.

Declarando minha primeira variável

Para declarar uma variável, precisamos apenas dizer o tipo da variável, seguida de uma lista dos identificadores (nomes), separado por vírgula. Por exemplo:

char ch;
int i,j;
double x,y,z;

É muito interessante a forma que o C trabalha com variáveis, desde a declaração, passagem de parâmetros e todos tipos de operações com variáveis, ele checa, e torna os problemas referentes a isso mais facilmente de serem detectados.

Variáveis Globais x Locais

Existem basicamente dois tipos de varáveis, as locais e as globais. As locais são aquelas que só o pedaço (pedaço == função e será explicado na próxima aula) do programa que a pertence poderá alterá-la. Já a global, todo programa poderá mexer com ela. Citaremos exemplos mais específicos depois, fique tranqüilo se foi muito abstrato.

Inicializando variáveis

As variáveis em C, em geral, não são necessariamente zeradas quando são declaradas. Vamos pensar, as variáveis são pedaços de memória, quando resolvo declarar alguma variável, estamos associando um nome com um pedaço da memória.

Este pedaço de memória pode estar sujo, ou algo assim, e acaba interferindo no que vou utilizar numa variável que seria "limpa". Por isso, torne uma prática dar valores (iniciar) as variáveis antes de utilizá-las.

Podemos fazer isso de duas formas, inicializando ao declará-las, assim:

int i = 0;
float j = 2.0;

Ou podemos:
int i;
float j;

i = 0 ;
j = 2.0 ;

Normalmente você deve utilizar a declaração que torne seu programa mais claro para você. Lembre-se, clareza é muito importante em um programa, artigo passado falamos disso.

Escolhendo variáveis

Ao se escolher uma variável, você deve pensar:

Qual tipo de variável é preciso para aquele dado;
Escolher um nome claro para ela;
Qual será a área de atuação da variável (ficará mais claro na próxima semana)
Mediante a isso, basta declara-la.

Algumas variáveis já se tornaram consagradas, como o char ch, ou o int i,j,k, para controle de laços.

É isso pessoal, próxima aula tem mais .

domingo, 27 de setembro de 2009

Curso e C - Aula 5: Arquivos

Hoje vou "esticar" um pouco mais o assunto mas semana que vem piora! Estou brincando, vamos lá que tem muito o que falar .. fiquem tranqüilos, tudo é normal e o aprendizado sempre faz parte de uma fase, depois as coisas vão se encaixando e fica tudo mais tranqüilo, todos conseguirão superar.

Extensões de arquivo

Existe uma convenção usada pelos compiladores para denominarmos os programas escritos em C e todos elementos que se referem ao conjunto programa. As denominações encontradas são:

O fonte do programa: nome_do_programa.c
Arquivo Objeto: nome_do_programa.o
Arquivo no formato executável: nome_do_programa ou nome_do_programa.exe (não Linux)
Arquivo de cabeçalho: Nome_da_Biblioteca.h
Biblioteca: libNome_da_Biblioteca.so libNome_da_Biblioteca.a

O final do arquivo após o ponto (c,o,a,so ou nada) identifica o tipo de arquivo para o compilador. Ele usa isso para gerar o executável. Os arquivos objeto e executável podem ser deletados sem problemas, são fáceis de serem gerados. Já o .c é o fonte do programa, ele que contém o código real do que o programa fará. Para executar o compilar, você deve:

cc -o nome_do_executável nome_do_programa.c

Que chama o CC, ou, C Compiler, em geral o GCC, compilador C da GNU.

Um detalhe interessante de se saber é como parar a execução de um programa. Todo sistema tem sua forma particular de fazer isso. Em geral, devemos pressionar Ctrl (tecla Control) junto com C, ou junto com Z, ou mesmo D.

Outra, o comando ls é equivalente ao DIR do DOS e permite listar os arquivos do diretório atual. O comando cd, change dir, também é equivalente a outros sistemas, serve para trocar de diretório.

O arquivo de cabeçalho mais comum existente hoje é o padrão de entrada/saída, da biblioteca C padrão.

Para incluir um cabeçalho, adicione ao código fonte:
#include cabecalho.h
em cima do programa.

#include "meu_cabecalho.h"
para incluir um arquivo pessoal, que esteja no diretório atual.

#include quando ele se encontra em um dos diretórios padrão, como /usr/include.

A diretiva #include é um comando para o pré-processador, que falaremos em outra semana.

Existem situações que não precisamos dizer cabeçalho algum ou ter bibliotecas chamadas explicitamente, todo programa utiliza a biblioteca c padrão, libc. Sempre. Ou seja, programas que utilizam de suas funções não precisam que a chamem explicitamente.

#include
main() {
printf ("Biblioteca C padrão incluida\n");
printf ("Cozinhando com C e Linux!");
}

Um programa que use funções matemáticas, como por exemplo "seno", precisará adicionar os cabeçalho da respectiva biblioteca matemática.

#include
#include

main ()

{
double x,y;

y = sin (x);
printf ("Biblioteca matemática ok!");
}

Existem variações de sistema para sistema. Isso em relação a mouse, desenhos de janelas, propriedades do terminal e várias outras situações. Necessariamente, você terá que procurar no manual do sistema (man função, uma ajuda e tanto) ou do compilador.

Não importa quantas bibliotecas você usará, sua limitação será em geral memória, toda biblioteca adiciona o fonte e o código objeto. Sistemas Operacionais como o Linux tem a capacidade de distinguir e pegar apenas as funções que interessam. Já outros, são obrigados a adicionar todos os códigos na memória, e depois de já ter perdido tempo e espaço.

A forma de um programa em C

C é uma das linguagens mais flexíveis em termos de formato já existentes. É uma linguagem livre de formato. Isso quer dizer que não existem regras de onde quebrar linhas, botar chaves, e assim vai. Isso é ao mesmo tempo vantajoso mas perigoso. A vantagem é que o usuário tem a liberdade para criar um estilo que melhor lhe atenda. A desvantagem é que programas "bizarros" podem aparecer, e de impossível manutenção. Algumas dicas de se escolher uma estrutura bem definida:

* Programas maiores são de gerenciamento possível só se estiverem bem organizados.

* Programas são entendidos somente se os nomes de variáveis e funções condizem com o que fazem.

* É mais fácil achar partes de um programa se ele tiver bem ordenado, é impossível num programa totalmente desorganizado e "macarrônico" se achar algo.

Simplesmente regras rígidas na hora de escrever um programa não significam que ele terá êxito. Experiência na programação, muito bom senso e clareza de idéias são fatores decisivos na hora de se programar.

Até a próxima semana.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Curso de C: Aula 4 - Conceituações necessárias

Como foram de descanso? Semana passada realmente estava meio sem tempo, e resolvi aumentar o nível esta semana. Vamos ver a opinião de vocês no final, vou adiantando que hoje muita coisa é referência e de cultura geral, mas tem muitos conceitos novos e necessários.

Falamos de alguns conceitos de Sistemas Operacionais, características poderosas herdadas dos velhos e robustos sistemas Unix e várias outras coisas.

Caso tenham problemas para entender de primeira, releiam o texto, é sempre o recomendado. Muitos não fazem isso, me mandam e-mail, sem problemas.

Vale ressaltar que dúvidas são comuns e sempre nos depararemos com elas, mas transpassaremos e chegaremos ao nosso objetivo.

Então...mãos na massa!

Quem realmente controla os programas?

Quem controla as ações mais básicas de um computador, é o Sistema Operacional. É o que podemos chamar de camada de software, que faz a interface (comunicação) entre os usuários e o Hardware(parte física da máquina, placas, circuitos, memórias). O objetivo básico é controlar as atividades do Hardware e prover um ambiente agradável para o usuário do sistema, que ele possa trabalhar com maior grau de abstração(se preocupar menos com problemas relativos ao tipo de máquina, como ela funcione e pensar mais no problema real que tem de ser resolvido).

O Sistema Operacional(SO), tem dois componentes básicos importantes para o usuário : sistema de arquivos e interpretador de comandos. O SO é que coordena todo tráfego de saída e entrada de informações. Por exemplo, ele que determina o que vai para a tela, o que vem do teclado, movimentos do mouse, etc...

O Interpretador de comandos aceita toda interação com o usuário, e faz todo trabalho de gerenciamento, analisando o que vem do usuário, por exemplo, e entregando para o SO de forma que ele entenda. Ele é uma interface, digamos assim, entre usuário e SO. Faz com que eles falem a mesma língua, para simplificar a história.

O interpretador de comandos é conhecido no mundo Linux como SHELL (pode variar para outros sistemas).

Interfaces Gráficas

Uma questão interessante é separarmos os termos, Back-end e Front-end. Back-end, é a parte core(a parte interna, o código que executa realmente as tarefas). A parte gráfica é conhecida como Front-end, é uma capa, como se fosse a casca, embalagem, a apresentação do trabalho. Não há dúvidas, que situações existam que essa "cara bonita" necessariamente deve aparecer.

As linguagens de programação e o C

Quando várias das linguagens de programação antigas foram desenvolvidos, elas foram criados para rodar em computadores de grande porte(grandes máquinas de tamanhos de prédios, depois andares, depois salas...), Sistemas Multi-Usuários(vários operadores usando o sistema ao mesmo tempo), time-sharing((tempo compartilhado), todos esses usuários dividiam uma fração(parte) da unidade de processamento) e eram incapazes de interagir diretamente com o usuário(vários detalhes técnicos são citados meramente como curiosidades para aprendizado histórico, não se preocupe caso tenha fugido algo).

O C é diferente de tudo isso pois possui um modelo de implementação de forma bem definida, e melhor desenhado. Podemos dizer que o C é um primor em termos de design. Todos mecanismos de entrada/saída de dados não são definidos como partes fixas da linguagem, imutáveis e embutidos no código. Existe um arquivo padrão, que deve ser declarado(explicaremos, mas podemos entender como chamado, utilizado) no começo do programa, que ensina ao C como ele deve se comportar em situações de entrada/saída, no computador que ele está rodando.



Quando mudamos de arquitetura, é só mudar este arquivo. Ele é conhecido como Biblioteca C padrão(ainda explicaremos melhor isso tudo). Ela é padrão no sentindo de implementar(ter para executar) um conjunto de instruções que todos os computadores e SO's devem implementar, mas são especialmente adaptados ao seu sistema atual. Basicamente, ela existe em todos os tipos de sistemas, funciona de forma padrão, mas, é internamente escrita para a arquitetura de computador que você está utilizando(arquitetura == tipo). Lembre-se, não se vive simplesmente da arquitetura Intel, i386. Existem diversas outras por aí, uma característica marcante do C é sua portabilidade(capacidade de rodar em múltiplas plataformas).



Dispositivos de Entrada/Saída

O Sistema de Arquivos do Linux pode ser considerado parte ativa do Sistema de Entrada/Saída, fluxo de dados, em sistemas Unix-Like(Linux também). Em vários SO's, ele próprio coordena os recursos/movimentação entre entrada/saída, isso tudo através de arquivos ou fluxo de dados.

O C faz isso tudo implícito (herdado dos Unix). O arquivo de onde o C geralmente pega a entrada, chama-se stdin, que quer dizer Standard Input(ou entrada padrão). Ele geralmente costuma ser o Teclado. O arquivo correspondente para saída, é conhecido como stdout, ou Standard Output (saída padrão). O monitor de vídeo faz esse papel.

É importante deixar claro, que o monitor e nem o teclado, são arquivos. Eles são periféricos reais(não é possível reler algo que foi enviado ao monitor ou rescrever para o teclado).

Devemos representa-los através de arquivos, mas devemos entender, que o arquivo de entrada padrão, teclado, serve apenas para leitura. Já o monitor, de saída padrão, simplesmente trabalha com escrita. Nota-se, características de escrita e leitura bem definidos.

Porque utilizá-los ?

Uma boa explicação para utilizarmos os tais arquivos é nos abstermos de como funcionam a fundo, é realmente essa "camada" de abstração. Pensarmos simplesmente em utiliza-los (tudo ficará claro com o tempo). Com isso criamos essa camada que pode ser utilizado com diversos outros tipos de periféricos, de forma igualmente transparente e fácil.

Os nomes do arquivos de dispositivos, em geral são conhecidos por abreviaturas de seus nomes originais. A impressora, por exemplo, é conhecida como LP, ou Line Printer.

Por hoje é só. O que acharam ? Espero que tenham gostado, aguardo o feedback. Até a próxima !

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Curso de C - Aula 3: Palavras Reservadas

Oi pessoal! O que acharam da semana passada? Não se preocupem se não entenderam alguns detalhes, e' só mandar e-mail. Muitas das questões tratadas nas postagens passadas são teóricas demais e demora um tempo para se acostumar. A programação em si é mais fácil do que parece. Nesta nova postagem, trataremos de algumas coisas interessantes, entre elas as palavras reservadas do C.

O que vem a ser palavras reservadas? São palavras que têm significado especial na linguagem. Cada palavra quer dizer alguma coisa e em C as instruções são executadas através do uso de palavras chaves previamente determinadas que chamaremos de palavras reservadas. Elas não poderão ser usadas para outras coisas, alem do determinado para o C, mas entenderemos mais a fundo o que isso quer dizer com o tempo.

Para o C conseguir trabalhar ficaria complicado distinguir quando uma dessas palavras especiais forem usadas como variáveis ou com instruções. Por isso, foi determinado a não utilização desta para outra coisa senão comando e afirmativas.

Abaixo está a lista dessas palavras. Relembrando, o C entende, tais palavras apenas em letras minúsculas (não funcionará se você colocar em maiúsculas).


auto, break, case, char, continue, default, do, double, else, entry, extern, float, for, goto, if, int, long, register, return, short, sizeof, static, struct, switch, typedef, union, unsigned, while, enum, void, const, signed, volatile.

Todo conjunto de palavras reservadas acima são o conjunto das instruções básicas do C. Aparentemente, parecem poucas e você na prática usará apenas algumas poucas delas. Tal fato acontece pois uma das facilidades do C é a utilização muito natural de bibliotecas que funcionam como acessórios para o C (como plugins do seu netscape). Tais bibliotecas (conjunto de funções) não fazem parte intrínseca do C, mas você não encontrará nenhuma versão do C sem nenhuma delas. Algumas são até tratadas como parte da linguagem por serem padronizadas.

Bibliotecas
Como dito anteriormente, funções são uma forma genérica de resolvermos problemas. É como uma caixa preta, você passa os dados para ela e recebe o resultado.

Vamos supor que tenho uma função de realizar soma, eu só me preocupo em passar para ela os números que desejo ver somado e a função se preocupa em me entregar o resultado, o que acontece lá dentro é problema dela.

Através deste método, dividimos os programas em pedaços de funcionalidades, genéricos e pequenos de preferência, com intuito de utiliza-lo futuramente em situações que sejam convenientes.

Assim como soma, pode-se fazer uma função de subtração, multiplicação, divisão e várias outras e juntando-as se cria a tal famosa biblioteca.

As bibliotecas em si podem ser utilizadas por vários programas. Estes utilizam os subprogramas(funções!) desta mesma biblioteca tornando o programa gerado de menor tamanho, ou seja, o executável só vai possuir as chamadas das funções da biblioteca e não o incluirá no executável.

Só para esclarecer, tenho uma biblioteca que desenha botões em janelas(GTK faz isso). Na hora que se for criar uma agenda, por exemplo, utilizo as funções desta biblioteca sem precisar rescrever estas mesmas funções neste programa.

Em geral, utilizamos algumas funções já prontas para fazer determinadas tarefas que são consideradas básicas. O programador não costuma fazer uma rotina que leia diretamente do teclado ou imprima na tela um caracter.

Isso já existe e é bem implementado (uma coisa interessante de se entender em programação é, o que já existe de bem feito e pode ser utilizado deve ser utilizado). Seu sistema não será menos digno ou pior se você utilizar uma rotina que todo mundo utiliza em vez de ter a sua própria. O que importa e a finalidade do programa e o quão bem implementado ele esteja.

Tais funções que falamos, básicas, fazem parte da biblioteca C padrão (citada acima). Todo compilador C a possui, ele faz parte da padronização ANSI C. Seu compilador, independente do sistema que você utiliza, deve possuir. Outras bibliotecas a mais, além das padronizadas pelo ANSI, também vem junto com seu compilador porém não é recomendado a utilização, caso você queira escrever programas portáveis (que rode em todas as plataformas). Podemos aqui citar programação gráfica, de rede, etc como casos que são "perigosos" para programação portável. Não estou dizendo que você não deve programar para estas áreas, futuramente haverão tutoriais para essas áreas por aqui, porém deve atentar-se que tal programação é peculiar a plataforma que você está utilizando e fazer algo padronizado portável torna-se quase impossível.

Printf():
Se desejamos citar uma função invariável e já consagrada que não é da linguagem C, porém já pode até ser considerada é a função printf(). Ela está contida na biblioteca padrão de entrada/saída (a barra eqüivale a palavra e tal biblioteca se chama stdio.h, o .h eqüivale a terminação de biblioteca, header em inglês).

A função printf quer dizer print-formated, ou imprimir formatado. A maneira mais simples de imprimir algo é:

printf("algum texto aqui!");

Bem, comecemos então. Caso você não queira imprimir uma coisa fixa, um texto, mas sim algo que varie durante a execução de um programa, digamos uma variável. Chamemos de controladores de seqüência os caracteres especiais que significarão as variáveis que serão impressas pela função. O lugar onde o controlador for colocado é o lugar onde a variável será impressa. Por exemplo, caso queiramos imprimir um inteiro.

printf ("O inteiro vale: %d, legal!", algum_inteiro);

A saída será:

O inteiro vale: 10, legal!

onde 10 é o valor dado a variável chamada "algum_inteiro" (sem aspas)

Exemplo básico de um programa em C:
/*************************************************************/

/* Primeiro exemplo */


/************************************************************/

#include /* Aqui incluímos a biblioteca */

/* C padrão de Entrada/Saída */

/***********************************************************/

main () /* Comentários em C ficam nesse formato! */

{

printf (" nosso exemplo número %d em C !", 1);

printf ("Hello World! Que desse exemplo número %d surja o %d .. \n", 1, 1+1);

printf ("E depois o %d ! \n", 3);

printf (" To meio sem criatividade e venceu de %d X %d de mim!", 1000, 0);

}

Saída:

nosso exemplo número 1 em C !
Hello World! Que desse exemplo número 1 surja o 2 ..
E depois o 3 !
To meio sem criatividade e venceu de 1000 X 0 de mim!

Até semana que vem !